Missões brasileiras estão em quase todo mundo
Neste domingo, 24, toda a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões traz a todo povo de Deus a oportunidade de renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar às atividades pastorais um amplo fôlego missionário, destacou o Papa Bento XVI.
Para Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, esta “jornada missionária mundial” é um verdadeiro “mutirão missionário” para a conscientização sobre a natureza da missionária da Igreja, para a oração pelos missionários e para a realização de gestos concretos em favor das missões. As coletas de todas as Missas deste domingo serão destinadas às missões “ad gentes”, ou seja, além fronteiras.
As missões brasileiras
Entre os principais projetos missionários mantidos pela Igreja do Brasil está aquele no Timor Leste que durou 10 anos. Mas o presidente da Comissão Episcopal para Ação Missionária da CNBB, Dom Sérgio Eduardo Castriani, explica que o compromisso continua com a ajuda para as crianças e formação de padres.
Com as congregações religiosas e as comunidade novas, como a Canção Nova, as missões brasileiras estão presentes em todos o mundo. “Em todos os continentes hoje há missionários e missionárias brasileiras que trabalham nos mais diversos campos da missão – na ação pastoral direta nas paróquias, na educação, justiça e paz.”
Outra preocupação no exterior é trabalho pastoral com os mais de três milhões de brasileiros que vivem na maior parte nos Estados Unidos, Japão e outros países da Europa.
No Brasil, muitas dificuldades são enfrentadas para chegar até comunidades dispersas por este vasto território. A grande extensão territorial, o isolamento, as dificuldades de comunicação, e tantas nas áreas da saúde e educação são os principais desafios das missões na Amazônia, que sofre no momento com um grande seca. Dom Sérgio, bispo da Prelazia de Tefé, explica ainda que houve um grande êxodo rural para as grandes cidades, como Manaus e Porto Velho, onde são necessárias comunidades vivas e atuantes.
Chamado missionário
A Igreja é uma comunidade de discípulos missionários. O Arcebispo de São Paulo explica que nossa Igreja é missionária por excelência, se ela deixar de ser missionários, deixa de ser a Igreja de Jesus Cristo. “Se nós não formos missionários, somos como uma árvore que seca, que não dá mais flores e frutos; é a vida missionária que renova constantemente a vida da Igreja”, ressalta Dom Odilo Scherer.
Para o presidente da Comissão Episcopal para Ação Missionária, o missionário é aquele homem ou aquela mulher que se apaixona pela figura de Jesus Cristo, pela Igreja, e não é capaz de guardar isso para si, quer partilhar isso com os outros. “Nesse desejo de anunciar (o missionário) se dispõe a partir e a se encontrar com o diferente, com os outros, e a aprender também”, explica Dom Sérgio.
Outra característica do missionário em todos os tempos, é uma busca constante de Deus que se manifesta no outro, naquele que aguarda o anuncio do Evangelho. E nesta época onde impera o individualismo, consumo inconsequente e o relativismo, salienta Dom Sérgio, o missionário é aquele que anuncia a verdadeira felicidade, mostrando que o sentido da vida está na comunidade, na Igreja, na partilha, no anúncio dos valores do Evangelho, no transcendente e na oração.
Fonte: Canção Nova
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