terça-feira, 9 de novembro de 2010

Emoção marca a celebração dos 90 anos do cardeal dom Eugênio Sales

Uma missa na catedral do Rio de Janeiro reuniu, no sábado, 6, mais de 5 mil fiéis, além de seis cardeais, 28 bispos e 150 padres, para comemorar os 90 anos do cardeal dom Eugênio Sales. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, que saudou o aniversariante ressaltando seu trabalho de 30 anos à frente da arquidiocese carioca.
“Hoje, com o espírito vigoroso, Vossa Eminência é ícone e sinal de referência na trajetória eclesial. Esta Arquidiocese que Vossa Eminência ama está hoje aqui, para, unidos, agradecermos e pedirmos a Deus por todos os dons concedidos nos abençoados 90 anos”, disse Dom Orani.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, destacou a importância do cardeal para a Igreja no Brasil. “A Igreja no Brasil deve muito a Dom Eugenio desde os tempos do Rio Grande do Norte com suas iniciativas no chamado Movimento de Natal, com destaque para a Campanha da Fraternidade, que imprimiu um novo impulso pastoral naquela Arquidiocese, depois se espalhando para todo o Brasil”, disse o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha.
Já o secretário geral da Conferência dos Bispos, dom Dimas Lara Barbosa, lembrou a atuação de dom Eugênio nos tempos da ditadura na defesa dos direitos humanos. “Dom Eugênio foi uma pessoa de extrema importância no processo de redemocratização do país, trabalhando de uma maneira muito própria. Além disso, foi um grande líder no Rio de Janeiro. Ele é um dom de Deus para nós”, disse dom Dimas.
O bispo auxiliar emérito do Rio de Janeiro, dom Karl Josef Romer, proferiu a homilia e recordou a atuação cardeal como arcebispo do Rio de Janeiro.
“A preocupação permanente com a formação do clero foi uma das marcas de Dom Eugenio, que renovou o Seminário de São José, incentivando as vocações, ordenando muitos presbíteros, dando uma assistência especial aos padres de sua Arquidiocese”, frisou.
O cardeal se emocionou com a homenagem que lhe prestou a cantora Elba Ramalho ao interpretar “Asa Branca”, uma das músicas preferidas de dom Eugenio. Ele ficou tocado também com a mensagem enviada pelo papa Bento XVI.
“É com muita alegria que lhe apresento as minhas cordiais felicitações, unindo-me ao povo da Arquidiocese do Rio de Janeiro – da qual por três décadas foi zeloso pastor. Fiel ao seu lema episcopal, soube gastar-se inteiramente por aqueles que Deus lhe havia confiado”, escreveu o papa.
“Eu perguntei a mim mesmo como é que eu poderia agradecer. Encontrei a resposta. Agradecimento, na língua da Bíblia se diz eucaristia. Cristo é nossa eucaristia, nossa mais bela e mais profunda gratidão diante de Deus Pai e entre nós”, disse, emocionado, o cardeal ao agradecer as homenagens.

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