segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ser humano não é objeto, diz Bento XVI na Vigília da Vida Nascente

O Homem, inclusive os antes de Nascer, Dignidade UMA altissima temperatura e Por ISSO TEM Direito uma nau serviços TRATADO in Como Objeto de hum Outros benefício.
ESTA FOI uma afirmação do Papa Bento XVI in SUA da homilia "Vigilia Pela Vida Nascente", realizada nd Basílica de São Pedro não Sábado último, os antes das Primeiras Vésperas com o Que se inaugurava o tempo liturgico do Advento.
Vigilia Nesta, convocada Como Novidade Este Ano, o Papa QUIS reafirmar o "valor altíssimo" da Vida Humana, contra advertir Como ASSIM como "anestesiar tentam Tendências Culturais Que como Motivos injustificáveis Por consciências".
"Nesta Linha se Coloca uma solicitude da Igreja nascente Pela Vida, uma Frágil Mais, Mais um ameaçada Pelo egoísmo dos Adultos e Pelo escurecimento das consciências".
A Ciência, Segundo o Papa, evidencia uma Autonomia do embrião, SUA CAPACIDADE de Interação com A Mãe, a Coordenação dos Processos Biológicos SEUS, a Continuidade do Desenvolvimento, uma Complexidade Crescente do Organismo.
"Nao se trata de material biológico hum cumulo de, Mas de hum vivo serviços novo, Dinâmico e maravilhosamente Ordenado, Um Novo Indivíduo da Espécie Humana", afirmou o Papa.
Por ISSO, acrescentou, a Igreja semper reiterou o Que o Concílio Vaticano II Afirma Sobre o aborto QUALQUÉR e violação do nascituro: "A Vida Protegida DESDE DEVE serviços com uma Concepção o Máximo Cuidado".
"Nao HÁ nenhuma Razão n º nao consi-lo UMA Pessoa DESDE uma Concepção" Disse.
O Homem, o Papa prosseguiu: "TEM UMA originalidade distintiva Sobre como TODAS OUTRAS Criaturas Que habitam uma terra. Apresenta-se Como Sujeito Único e singular, dotado de Inteligência e Vontade Livre, alem de Estar Composto material de Realidade".
". Somos, so as to, Espírito, Alma e Corpo Somos Parte deste Mundo, Ligados possíbilidades como e Limites da condição material, tempo MESMO AO, Abertos ESTAMOS hum um horizonte infinito, capazes de dialogar com Deus e de Acolhe-NOS eis tudo".
A Pessoa Humana, acrescentou, Exige "Ser reconhecida Como hum si in coragem" e "Merece Respeito serviços com Acolhida e amor parágrafo semper".
Todo Homem "TEM O Direito de serviços TRATADO Como nao eh Objeto Que se possui OU Como Algo Que PoDE serviços manipulado à Vontade; TEM O Direito de serviços nao Reduzido um puro Instrumento n º de Vantagem e Outros Interesses SEUS".
Infelizmente, continuou, "MESMO epidêmico o Nascimento, a Vida das Crianças continuação estando exposta AO Abandono, à fome, à Pobreza, Doenças como, AO Abuso, Violência, um Exploração".
O Papa recordou o Apelo AO Respeito Pela Vida Humana, de João Paulo II, Na Evangelium Vitae, e exortou "os Protagonistas da Política, da Economia e da Comunicação fazerem um social TODO o Possível parágrafo PROMOVER UMA cultura semper respeitosa da Vida Humana, parágrafo condições favoráveis Buscar e Redes de Apoio e Desenvolvimento Acolhida à Desta ".
Cristo FOI embrião
Este tempo do Advento, o Papa explicou, "nos voltar Faz a Viver a Espera de Deus Que SE FAZ carne sem ventre da Virgem Maria, de Deus Que SE FAZ Pequeno, Que se Torna UMA Criança".
Este Processo de Crescimento embrionário "Jesus also Aconteceu com nenhum ventre de Maria, e CADA UM COM Acontece de Nós No Mae da ventre".
Por ISSO, continuou, "O Mistério da Encarnação do Senhor EO Início da Vida Humana estao Íntima harmonicamente e não conectados Plano salvífico de Deus, Senhor da Vida de Todos e de CADA UM".
"A Encarnação nsa revelação Luz Intensa COM E de forma surpreendente Que Toda Vida Humana TEM UMA Dignidade altissima, incomparável."
in Acreditar Jesus Cristo, o Papa acrescentou, "ter implicações hum in Novo Olhar Sobre o Homem Olhar hum, de Confiança, de Esperança".
Uma Pessoa "em Bem E UM MESMO si e é Preciso semper Seu Buscar Desenvolvimento integral", concluiu o Pontífice.

Fonte: Zenit 
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Adoração pela Vida

Seguindo o pedido do Papa Bento XVI, nossa paróquia esteve durante a noite deste sábado (27) após a missa das 20h na Igreja Matriz, em adoração ao Santíssimo Sacramento unida a todas as igrejas no mundo, colocando como principal intenção a vida do nascituro, a vida que ainda está sendo preparada na barriga da mãe, além de estarmos em oração por toda e qualquer forma de ataque à vida, que nas palavras do próprio pontífice “obscurece a percepção da dignidade de cada pessoa humana, em qualquer estado de seu desenvolvimento.

A vigília, que coincidiu com as vésperas do início do tempo do advento, segundo o papa é mais uma forma de preparação para o nascimento de Cristo. Das 20h até as 0h também estivemos unidos as dioceses de nosso estado, que estavam colocando nesta vigília a intenção da paz em nosso querido estado, principalmente na capital e região metropolitana.
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Legionárias celebram Nossa Senhora das Graças

Os irmãos e irmãs legionárias de diversos praesidiuns de nossa paróquia celebraram neste último sábado (27) o título de Nossa Senhora das Graças, considerada a padroeira da Legião de Maria.

O título surgiu no século XIX, quando a Virgem Maria apareceu à Santa Catarina Labouré, pedindo que a mesma cunhasse medalhas e difundisse o título da Virgem de Medalha Milagrosa pelo mundo.

Para celebrar essa data tão festiva os irmãos da Legião se prepararam durante nove dias realizando a novena na Capela de São João Batista. No grande dia prepararam uma bela procissão que foi da capela até a Igreja Matriz. Lá após algumas homenagens as irmãs Emilce e Dulce, que acompanham a Legião de Maria desde que foi criada em nossa paróquia, coroaram a imagem de Nossa Senhora das Graças.
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domingo, 28 de novembro de 2010

Papa Bento XVI expressa solidariedade à Igreja no Rio

Na manhã deste domingo, 28 de novembro, o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta recebeu um fax do Núncio Apostólico, Dom Lourenzo Baldisseri, transmitindo a solidariedade do Papa Bento XVI à Igreja no Rio de Janeiro, conforme as palavras do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone. Segue o texto:

Excelência Reverendíssima
Cumpro o dever de transmitir a Vossa Excelência, o telegrama de Sua Eminência o Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado:

Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro,

O Santo Padre segue com profunda mágoa os graves enfrentamentos e as violências destes dias no Rio de Janeiro, particularmente na comunidade "Vila Cruzeiro". O Sumo Pontífice assegura a sua oração pelos mortos, como também pelas suas famílias, e pede aos responsáveis que ponham fim às desordens, enquanto os encoraja restabelecerem o respeito da Lei e do Bem Comum.

Cardeal Tarcísio Bertone
Secretário de Estado de Sua Santidade

Uno às palavras do Emmo Cardeal minha fervente oração a Deus Todo-poderoso e rico em misericórdia, nesta circunstância tão dolorosa na sua Arquidiocese. Aproveito do ensejo para expressar meus sentimentos de alta estima,

Dom Lourenzo Baldisseri
Núncio Apostólico

Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro
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sábado, 27 de novembro de 2010

Sirvam a verdade com coragem, diz Papa a jornalistas católicos

"Esta é a função peculiar dos jornais de inspiração católica: anunciar a Boa Nova mediante a narração dos fatos concretos vividos pelas comunidades cristãs e das situações reais em que estão inseridas". Foi o que disse o Papa Bento XVI na audiência com 300 membros da Federação Italiana dos Semanários Católicos, nesta sexta-feira, 26, na Sala Clementina, no Vaticano.

O Santo Padre destacou que a Igreja, "como uma pequena quantidade de fermento, misturada com a farinha, fermenta toda a massa" faz crescer e amadurecer "o que há de verdadeiro, de bom e de belo" na sociedade. Assim, "vocês têm a tarefa de dar conta dessa presença, que promove e fortifica aquilo que é autenticamente humano e que leva o homem de hoje à mensagem de verdade e de esperança do Senhor Jesus", prosseguiu o Pontífice.

"Vocês são chamados a "servir a verdade com coragem para ajudar a opinião pública a ver e a ler a realidade a partir de um ponto de vista evangélico", destacou o Papa, que complementou: "Trata-se de apresentar as razões da fé, que, enquanto tais, vão além de qualquer visão ideológica e têm pleno direito de cidadania no debate público".

Bento XVI afirmou ainda que da exigência de servir a verdade nasce o constante compromisso dos jornalistas católicos de "dar voz a um ponto de vista que reflita o pensamento católico" em todas as questões éticas e sociais.

"Continuem sendo jornais do povo que buscam favorecer um diálogo autêntico entre os vários componentes sociais, espaço de debate leal entre diferentes opiniões. Assim fazendo, os jornais católicos, ao tempo em que cumprem a importante tarefa de informar, desempenham, também, uma insubstituível função formativa, promovendo uma inteligência evangélica da realidade complexa, bem como a educação de consciências críticas e cristãs", destacou.

O Santo Padre despediu-se dos presentes assegurando sua recordação em sufrágio do primeiro Presidente da Federação Italiana dos Semanários Católicos, Mons. Franco Peradotto – recentemente falecido – que foi também durante muitos anos diretor do semanário católico de Turim "Voz do Povo".

"Confiando a Federação e o seu trabalho à celeste intercessão da Virgem Maria e de São Francisco de Sales, de coração concedo a vocês e a todos os seus colaboradores a Bênção Apostólica", concluiu o Pontífice.

Fonte: Canção Nova
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fiéis do Rio de Janeiro se unem em momento de oração pela paz

A Arquidiocese do Rio de Janeiro promove neste sábado, 27, um "clamor de paz" pela cidade. A partir das 22h, o arcebispo metropolitano, Dom Orani João Tempesta, irá presidir um momento de adoração a Jesus Eucarístico, com transmissão ao vivo pela Rádio Catedral FM 106,7. 

Todas as comunidades da arquidiocese foram convidadas a se unirem, pelo rádio, num momento de intercessão, até a meia-noite, "para pedir a intervenção de Deus para que cesse a violência no Estado".

"A intenção é reunir os fiéis pelas ondas da Rádio para que, em suas comunidades de origem – onde os sacerdotes encerrarão o encontro dando bênçãos com o Santíssimo Sacramento - ou mesmo em suas casas, todos façam das duas horas de oração um intenso momento de intercessão pelo Rio de Janeiro", explica a nota divulgada no site da arquidiocese.

Rogando à intercessão do padroeiro da cidade, São Sebastião, e à Nossa Senhora da Penha, a Igreja do Rio de Janeiro "se unirá em oração, plena de confiança em Deus, de que as autoridades tomem as decisões corretas para que, em breve, os cidadãos possam voltar a viver a verdadeira paz de Cristo", conclui a nota.


::Leia abaixo na íntegra a mensagem de Dom Orani aos fiéis e à população::

Mais uma vez é preciso falar de paz

Caríssimos e amados irmãos e irmãs: somos testemunhas dos acontecimentos que abalam nossa cidade e região metropolitana e que estão sendo divulgados pelos meios de comunicação nestes últimos dias. Todos nós que queremos bem a nossa maravilhosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e seus arredores, com o seu povo alegre e acolhedor, sentimo-nos machucados ao vê-la como palco de notícias que enchem os corações de todos de apreensão. 
A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se une a todos os que passam pela tribulação e sofrem pelas atuais inseguranças e dificuldades. Abraçamos a todos que, com esperança, constroem e buscam um mundo mais justo, fraterno e solidário. Nossa unidade com os trabalhadores que lutam no dia a dia e necessitam de paz! Nossa unidade com os que procuram encontrar caminhos para tornar realidade a vida em paz nesta cidade.
Sabemos que é necessário buscar o desenvolvimento social, o equilíbrio cultural e fazer brotar valores dentro do coração humano. Sonhamos com um mundo novo e temos certeza de que, com a graça de Deus, poderemos ir construindo-o.
Por isso, é necessário, mais uma vez, falar de Paz! 
É preciso, mais uma vez, fazer nascer nos corações de todos os homens e mulheres de nossa querida cidade o anseio mais profundo de todos os seres humanos: Paz. 
É preciso que se ouça novamente na terra o grito, o forte clamor aos homens de boa vontade.
Agora que iremos iniciar o Advento, como tempo de esperança, que nos prepara para a próxima celebração do Natal de Jesus, vem-nos o forte clamor do senhor Deus pela voz do anjo que nos anuncia o nascimento do Príncipe da Paz. É Ele o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem!
É preciso que o sonho de Deus prevaleça nos corações humanos! É importante que retornemos a buscar inspiração nos valores da vida e da dignidade humanas.
Precisamos ser homens e mulheres de esperança que acolhem a mensagem que nos chega da gruta de Belém: Deus ama todos os homens e mulheres da Terra e dá-lhes a esperança de um tempo novo, um tempo de paz. 
Acolhido no mais íntimo do coração, esse Amor, que nos reconcilia com Deus e com o próximo, faz nascer a Esperança da Paz. Ele torna também possível a reconciliação para que a Igreja, como alma desta cidade, anuncie e testemunhe a alegre esperança de olhar para o futuro com confiança!
Precisamos deixar que a Paz germine e supere as divisões, ódios, rancores dentro de nossos corações, famílias, sociedade!
Precisamos oferecer esta esperança a cada homem e mulher de nossa cidade. Precisamos deixar que o Amor de Deus renove as relações entre os homens e mulheres e gere aquela sede de fraternidade que é capaz de afastar a tentação da violência, da guerra, dos egoísmos. 
Precisamos colocar acima de nossos próprios interesses o sonho de Deus, que é o sonho de cada homem e mulher desta terra: viver a Paz e a comunhão. 
A paz, que é um dom, mas também um bem a ser promovido com o bem! É um bem para as pessoas, as famílias, todos os povos da terra e toda a humanidade; mas um bem que deve ser conservado e cultivado mediante opções e obras de bem. Como nos diz o apóstolo São Paulo: « A ninguém pagueis o mal com o mal » (Rm 12,17), « Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem » (Rm 12,21). 
Aqui está o modo de sair do círculo vicioso do mal, da violência. 
Para promover a paz, vencendo o mal com o bem, é preciso dedicar particular atenção ao bem comum e suas vertentes sociais e políticas. 
O bem comum diz-lhe diretamente respeito; tem a ver intimamente com todas as formas expressivas da sociabilidade humana: a família, os grupos, as associações, as cidades. Todos, de alguma forma, devem estar implicados no compromisso pelo bem comum, na busca constante do bem dos outros como se fosse o próprio. 
Tal responsabilidade compete a todos nós, cidadãos desta cidade, mas de modo particular àqueles que têm autoridade política, em qualquer nível da sua atuação, por quem rezamos neste momento especial, pois é chamada a criar aquele conjunto de condições sociais que favorecem, nos homens e mulheres de todos os tempos, o desenvolvimento integral. Mas nunca nos esqueçamos da tarefa de cada um de nós individualmente.
Meus irmãos, minhas irmãs, convido todos a rezarem e a se empenharem na busca da Paz verdadeira. Convoco a todas as paróquias a para organizarem neste sábado um tempo especial de orações pela paz e, durante as celebrações eucarísticas, a fazer especial pedido na oração dos féis. Que Deus ilumine a todos na busca da Paz para o nosso querido povo desta cidade maravilhosa, para que o seja ainda mais. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde e faça reinar a paz em nossas fronteiras! Que a bênção de Deus penetre em todos os corações, todas as casas, todas as situações e traga a paz! Temos esperança e certeza de que, em unidade, tempos novos nascerão destes momentos e confiamos que o nosso povo, que é forte, saberá continuar testemunhando a sua fé com esperança e vivendo a caridade. Que todos sejam um! 

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro

Fonte: Canção Nova / O testemunho de fé
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Arquidioceses do Brasil realizam vigílias pela vida

Fiéis das arquidioceses de todo Brasil se unirão ao Papa e os cristãos de todo mundo em oração pela vida dos nascituros (ser humano concebido, mais ainda não nascido), neste sábado, 27.   

No Vaticano, a Vigília, presidida pelo Papa Bento XVI, incluirá a Adoração Eucarística, para agradecer o Senhor que, através da entrega total de si próprio, deu sentido e valor a toda vida humana, e também para invocar a sua proteção sobre cada ser humano.

O pedido pela adesão à Vigília pela Vida Nascente foi enviado, em nome do Papa Bento XVI, pelo presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Ennio Antonelli, e pelo prefeito da Congregação para o Culto Divino, Dom Antonio Cañizares Llovera, em carta endereçada a todas as Conferências Episcopais do mundo.

“O tempo de preparação para o Santo Natal é um momento propício para invocar a proteção divina sobre todo ser humano chamado à existência, também como agradecimento a Deus pelo dom da vida, recebido dos nossos pais”, salientou o Papa. 

Segundo os cardeais, Bento XVI gostaria que celebrações semelhantes acontecessem em outras dioceses. “O Santo Padre deseja que os bispos presidam nas Igrejas particulares celebrações análogas e envolvam as paróquias, as comunidades religiosas, as associações e os movimentos. Por esse motivo, nos pede que façamos em seu nome este convite”, afirmam.

Conscientes dos perigos que ameaçam a vida humana, especialmente hoje com a cultura relativista e utilitarista, os cardeais salientam que os fiéis são chamados mais do que nunca a serem o “povo da vida”, como dizia o Servo de Deus João Paulo II. “Nessa Vigília, celebrada por todas as Igrejas particulares unidas ao Santo Padre, Pastor universal, pediremos a graça e a luz do Senhor para a conversão dos corações e daremos um testemunho eclesial comum para uma cultura da vida e do amor”, elucidam.

União de preces 

Para o Presidente da Comissão Episcopal “Vida e Família” e Arcebispo de Londrina (PR), Dom Orlando Brandes é muito importante participar deste momento de comunhão com a toda a Igreja, realizando uma vigília no mesmo dia e nas mesmas intenções.

Em Londrina, a Vigília organizada pela Pastoral da Família, reunirá os fiéis na matriz da Paróquia São Vicente de Paulo, às 22h30 para oração do terço meditado. Em seguida, a meia noite, será celebrada uma Missa pela Vida dos Nascituros.

“Ficamos muito felizes em atender o pedido do Papa e unir nossas vozes a de todo povo de Deus, que reza pelas vida desses indefesos, vida tão ameaçada no mundo todo”, destacou a coordenadora da Pastoral da Família da Diocese de Londrina, Marly Pupim.

As paróquias pertencentes à Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) foram convocadas pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, a celebrarem o momento, cada uma com sua programação própria. A Catedral Metropolitana, por exemplo, realiza Missa às 19h30, no salão paroquial. 

“Além do grupo jovem da paróquia, que vai ajudar na Celebração, estamos convidando todas as pastorais e movimentos”, destaca o vigário paroquial da Sé Metropolitana, padre José Domício, que celebrará essa Missa.

Para o sacerdote, o Papa escolheu esta data por causa da importante representação do tempo litúrgico para a Igreja. “O advento é a espera de Cristo que vem, no mistério do Natal, entrar na história da humanidade. Em cada mulher grávida, revivemos Maria a espera do Menino Jesus. Assim, em cada vida nascente temos uma fonte de paz e esperança”, enfatiza padre José Domício.

Na Arquidiocese de Brasília também será celebrada uma Missa com uma benção especial às gestantes, e os fiéis farão uma oração diante do Santíssimo pelas crianças nascentes de todo mundo, na paróquia do Santíssimo Sacramento.

Fonte: Canção Nova
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Fundação para promover ideias de Bento XVI será criada no Vaticano

A apresentação oficial da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI acontece nesta sexta-feira, 26, durante coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé.

O organismo terá como função principal promover o estudo e o pensamento do Pontífice alemão.

Participarão da coletiva o presidente do Comitê Científico da Fundação, Cardeal Camillo Ruini; o presidente da Fundação, Dom Giuseppe Antonio Scotti; e o presidente do "Ratzinger Schülerkreis" e da "Joseph Ratzinger Papst Benedict XVI. - Stiftung" (Munique da Baviera), padre Stephan Otto Horn, S.D.S.

Tanto a "Ratzinger Schülerkreis" quanto a "Joseph Ratzinger Papst Benedict XVI. - Stiftung" são instituições alemãs que possuem objetivos semelhantes aos da futura Fundação Vaticana, com a qual manterão diálogo constante.


Fonte: Canção Nova 
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

200 milhões de cristãos são perseguidos no mundo

O Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2010, que a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresenta bianualmente, revela que o número de cristãos perseguidos é de 200 milhões. Outros 150 milhões são descriminados por sua religião.

O relatório indica que na Europa os católicos não são perseguidos, mas sofrem bullying. A versão espanhola do relatório da organização católica foi apresentada ontem em Madri.

Desde o relatório anterior a situação não melhorou, de acordo com AIS, organização que ajuda cristãos em todo o mundo em projetos de apoio às igrejas locais como bolsas para sacerdotes, construção de igrejas, tradução de livros, etc.

A organização indica que a crescente tendência à perseguição e discriminação por motivos religiosos deve-se tanto à radicalização do mundo islâmico quanto à chamada “cristianofobia” e à facilidade com que se ridiculariza a Igreja em alguns países desenvolvidos.

Na apresentação do relatório, Javier Menéndez Ros, diretor da AIS na Espanha, e o missionário salesiano no Paquistão Miguel Ángel Ruiz, citaram o que Bento XVI disse na véspera da beatificação do cardeal John Newman: “No tempo de hoje, o preço a pagar pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado ou esquartejado, mas sim frequentemente significa ser excluído, ridicularizado, objeto de piada”.

A fé cristã é a mais difundida e também a mais perseguida. Como explicou Javier Menéndez, o número total é similar ao do relatório de dois anos atrás, ainda que os pesquisadores que participaram este ano do trabalho asseguram que a situação piorou para os cristãos.

O relatório analisa 194 países, com problemas em cerca de noventa, entre eles vários dos países mais populosos do mundo: China, Índia, Indonésia, Rússia e Paquistão. A piora da situação, segundo salienta Menéndez, deve-se especialmente a uma maior radicalização no âmbito muçulmano, com maior fanatismo, intolerâncias e abusos a praticantes de outras religiões.

Os países onde se produzem as maiores violações à liberdade religiosa são Arábia Saudita, Bangladesh, Egito, Índia, China, Uzbequistão, Eritreia, Nigéria, Vietnã, Iêmen e Coreia do Norte.

Menéndez salientou que “onde não existe liberdade religiosa não existe a liberdade democrática”, e sublinhou “a obrigação de qualquer ser humano de respeitar o direito ao culto, a evangelizar e a viver de acordo com sua fé”. No Egito, vige uma lei de liberdade religiosa, mas os cristãos sofrem discriminações e ataques, permitidos, segundo AIS, pelo governo de Hosni Mubarak.

O missionário salesiano Miguel Ángel Ruiz descreveu a situação no Paquistão. Ele explica que o terrorismo islâmico não afeta somente os cristãos, mas “todos que não pensam como os fundamentalistas”. “Se o terrorismo se centrasse somente nos cristãos, estaríamos muito pior agora”, afirmou.

Padre Ruiz considera que a perseguição só não é mais acirrada porque os meios de comunicação dão muita atenção aos ataques.

Fonte: Zenit
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Igreja faz apelo pela Paz

Desde o último domingo, 21 de novembro, uma onda de violência atinge o Rio de Janeiro. Arrastões, atentados a ônibus, carros e confrontos com policiais têm assustado os moradores da cidade. Segundo o balanço mais recente da Policia Militar, 55 veículos foram queimados até a manhã desta quinta-feira, 25, 55 pessoas foram presas, 121 detidas e 29 armas apreendidas. Somente hoje, pelo menos 18 veículos foram queimados.

Com o apoio da Marinha, policiais entraram na comunidade Vila Cruzeiro nesta quinta-feira. O intenso tiroteio fechou o comércio e as escolas da região, ao todo 17 e também 12 creches não funcionaram pela manhã, deixando mais de 12.400 alunos sem estudar. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro também suspendeu as aulas até sexta feira.

O Vigário Episcopal da Leopoldina e coordenador da Pastoral das Favelas, Monsenhor Luiz Antônio Lopes comentou a situação e fez um apelo às autoridades públicas.

- Temos sido bombardeados por essas noticias de violência e percebemos essa realidade cada vez mais próxima de nossas residências. O poder público tem que se fazer presente. Todo o confronto é um risco muito grande para a população. Eu faço um apelo não só para as autoridades, mas também para a população. Para que todos tomem cuidado e não se exponham nessa situação, pediu Monsenhor Luiz Antônio.
A violência também ganhou a internet, através das redes sociais. Nove dos dez termos mais citados do microblog Twitter, na tarde dessa quinta feira, eram relacionados aos ataques no Rio de Janeiro.

O Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, demonstrou a sua solidariedade com todos os que estão vivenciando a violência na cidade e lamentou os acontecimentos.

- Estamos sofrendo, junto de todos, mas com muita confiança e esperança de que tudo vai se resolver. Creio que o nosso apelo aos que estão no Rio é de que rezemos e trabalhemos pela paz. Temos certeza de que as autoridades vão encontrar, na luz de Cristo e na responsabilidade com a cidade, um clima que favoreça o Rio de Janeiro, disse.

Fonte/Foto: Arquidiocese do Rio de Janeiro/Reuters
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vigília pela vida do Nascituro

No sábado, 27 de novembro, Bento XVI presidirá, na Basílica de São Pedro, as Primeiras Vésperas do Advento e uma vigília de oração pela vida nascente.
Esta iniciativa, explicou o Pontífice, “está em comum com as igrejas particulares do mundo inteiro” e seu desenvolvimento foi indicado “também nas paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos”.
“O tempo de preparação para o Santo Natal é um momento propício para invocar a proteção divina sobre todo ser humano chamado à existência, também como agradecimento a Deus pelo dom da vida, recebido dos nossos pais”, afirmou o Santo Padre após oração do Ângelus no domingo 14 de novembro.
Esta convocação já foi seguida por várias dioceses, entre elas a arquidiocese de Sevilha. Seu titular, Dom Juan José Asenjo, convocou por carta todos os sacerdotes, consagrados, delegados diocesanos, presidentes de movimentos e grupos apostólicos de sua diocese.
Em sua carta, informa que o cardeal Antonio Cañizares, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e Dom Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, transmitiram à Conferência Episcopal Espanhola o desejo do Papa de que se realizem atos similares em todas as dioceses.

Em nossa paróquia a vigília iniciará às 20 h  com a missa seguida de adoração até as 0h na Igreja Matriz.
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Confira trechos do novo livro de Bento XVI

Luce del mondo. Il Papa, la Chiesa e i segni dei tempi (Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, em livre tradução) é o título com o qual está para ser publicado o livro que recolhe as conversas de Bento XVI com o jornalista e escritor alemão Peter Seewald. 

A nova obra, editada em italiano pela Libreria Editrice Vaticana, será publicada ao mesmo tempo em outras línguas, nesta terça-feira, 23. Nos 18 capítulos que a compõe, agrupados em três partes - "Os sinais dos tempos", "O pontificado", "Para onde caminhamos" -, o Papa responde às mais acoloradas questões do mundo de hoje. Do livro, antecipamos alguns trechos.
A alegria do cristianismo
Toda a minha vida foi sempre atravessada por um fio condutor, este: o cristianismo dá alegria, amplia os horizontes. Definitivamente, uma existência vivida sempre e sobretudo a partir do "contra" seria insuportável.

Um mendigo
Naquilo que diz respeito ao Papa, também ele é um pobre mendigo diante de Deus, ainda mais dos outros homens. Naturalmente rezo, antes de tudo, sempre ao Senhor, ao qual sou ligado, por assim dizer, por antiga amizade. Mas invoco também os santos. Sou muito amigo de Agostinho, de Boaventura e de Tomás de Aquino. A eles, portanto, digo: "Ajuda-me!". A Mãe de Deus, então, é sempre um grande ponto de referência. Nesse sentido, insiro-me na Comunhão dos Santos. Juntamente com eles, reforçado por eles, falo também com o Deus bom, sobretudo mendigando, mas também agradecendo; ou contente, simplesmente.
 
As dificuldades
Tinha levado isso em conta.  Mas, antes de tudo, devemos ser muito cuidadosos com a avaliação de um Papa, significativo ou não, quando ele ainda está vivo. Somente em um segundo momento se pode reconhecer qual lugar, na história em seu conjunto, tem uma determinada coisa ou pessoa. Mas que a atmosfera não seria sempre alegre era evidente, levando-se em conta a atual constelação mundial, com todas as forças de destruição que existem, com todas as contradições que nela vivem, com todas as ameaças e erros. Se eu tivesse continuado a receber sobretudo elogios, eu realmente deveria perguntar se estaria verdadeiramente anunciando todo o Evangelho.

O choque dos abusos
Os fatos não me causaram surpresa por completo. Na Congregação para a Doutrina da Fé, ocupei-me dos casos americanos; tinha visto também delinear-se a situação na Irlanda. Mas as dimensões, no entanto, foram um choque enorme. Desde a minha eleição à Sé de Pedro, havia repetidamente encontrado vítimas de abusos sexuais. Três anos e meio atrás, em outubro de 2006, em um discurso aos bispos irlandeses, havia pedido a eles "estabelecer a verdade acerca daquilo que havia acontecido no passado, tomar todos os atos necessários para que não se repetissem no futuro, assegurar que os princípios de justiça fossem plenamente respeitados e, sobretudo, curar as vítimas e todos aqueles que foram atingidos por esses crimes abomináveis".

Ver o sacerdócio, de repente, manchado dessa maneira e, com isso, a própria Igreja Católica, foi difícil de suportar. Naquele momento, era importante, no entanto, não desviar o olhar do fato de que, na Igreja, o bem existe, e não sobretudo essas coisas terríveis.
 
Os mídia e os abusos
Era evidente que a ação dos mídia não seria guiada somente pela pura busca da verdade, mas que fosse também um prazer colocar a Igreja na berlinda e, se possível, desacreditá-la. E, todavia, era necessário que isto ficasse claro: desde que se trate de trazer luzes à verdade, devemos ser gratos. A verdade, unida ao amor entendido corretamente, é o valor número um. E, então, os mídia não teriam podido oferecer aqueles relatório se na própria Igreja o mal não existisse. Somente porque o mal estava dentro da Igreja, os outros puderam voltá-lo contra ela.

O progresso  
Emerge a problemática do termo "progresso". A modernidade procurou a sua estrada guiada pela ideia de progresso e de liberdade. Mas o que é o progresso? Hoje, vemos que o progresso pode ser também destrutivo. Por isso, devemos refletir sobre os critérios a adotar a fim de que o progresso seja verdadeiramente progresso.
 
Um exame de consciência
Para além de simples planos financeiros, um exame de consciência global é absolutamente inevitável. E a isso a Igreja procurou contribuir com a Encíclica Caritas in veritate. Não dá resposta a todos os problemas. Deseja ser um passo adiante para olhar as coisas a partir de outro ponto de vista, que não seja sobretudo aquele da factibilidade e do sucesso, mas do ponto de vista segundo o qual existe uma normatividade do amor pelo próximo que se orienta à vontade de Deus e não sobretudo aos nossos desejos. Nesse sentido, deveriam ser dados os impulsos para que realmente aconteça uma transformação das consciências.
 
A verdadeira intolerância
A verdadeira ameaça frente à qual nos encontramos é que a tolerância seja abolida em nome da própria tolerância. É o perigo de que a razão, a assim chamada razão ocidental, sustente ter finalmente reconhecido aquilo que é justo e avance assim a uma pretensão de totalidade que é inimiga da liberdade. Creio que é necessário denunciar com força essa ameaça. Ninguém é constrangido a ser cristão. Mas ninguém deve ser constrangido a viver segundo a "nova religião", como se fosse a única e verdadeira, vinculante para toda a humanidade.
 
Mesquitas e burca
Os cristãos são tolerantes e, enquanto tal, permitem aos outros a sua peculiar compreensão de si. Alegramo-nos pelo fato de que, nos países do Golfo Árabe (Qatar, Abu Dhabi, Dubai, Quwait), há igrejas nas quais os cristãos podem celebrar a Missa, e esperamos que isso aconteça em todos os lugares. Por isso, é natural que também nós defendamos que os muçulmanos possam reunir-se em oração nas mesquitas.

No que diz respeito à burca, não vejo razão para uma proibição generalizada. Diz-se que algumas mulheres não a usam voluntariamente, e que, na realidade, há uma espécie de violência imposta nisso. É claro que, com isso, não se pode estar de acordo. Se, no entanto, se desejasse usá-la voluntariamente, não vejo por que deveríamos impedi-lo.
 
Cristianismo e modernidade
O ser cristão traz em si algo de vivo, de moderno, que atravessa, formando-a e plasmando-a, toda a minha modernidade, e que, portanto, em um certo sentido, verdadeiramente a abraça.  
Aqui é necessária uma grande luta espiritual, como desejei mostrar com a recente instituição de um "Pontifício Conselho para a nova evangelização". É importante que busquemos viver e pensar o Cristianismo de modo tal que assuma a modernidade boa e justa, e, portanto, ao mesmo tempo, afaste-se e distinga-se daquilo que está se tornando uma contra-religião.
 
Otimismo  
Se poderia pensar olhando com superficialidade e restringindo o horizonte ao mundo somente ocidental. Mas, se se observa com mais atenção – e é aquilo que me é possível fazer graças às visitas dos bispos de todo o mundo e também através de tantos outros encontros -, percebe-se que o cristianismo, neste momento, está desenvolvendo também uma criatividade de todo nova [...].

A burocracia foi consumada e estancada. São iniciativas que nascem a partir do interior, da alegria dos jovens. O cristianismo, talvez, assumirá um rosto novo, talvez também um aspecto cultural diverso. O cristianismo não determina a opinião pública mundial, outros são a guia. E, todavia, o cristianismo é a força vital sem a qual também as outras coisas não poderiam continuar a existir. Por isso, com base naquilo que vejo e posso fazer experiência pessoal, sou muito otimista com relação ao fato de que o cristianismo encontre-se frente a uma dinâmica nova.
 
A droga  
Tantos bispos, sobretudo aqueles da América Latina, dizem que, lá onde passa a estrada do cultivo e do comércio da droga – e isso acontece em grande parte daqueles países –, é como se um animal monstruoso e cativo estendesse a sua mão sobre aquele país para arruinar as pessoas. Creio que esta serpente do comércio e do consumo de droga que envolve o mundo seja um poder sobre o qual nem sempre chegamos a fazer uma ideia adequada. Destrói os jovens, destrói as famílias, leva à violência e ameaça o futuro de nações inteiras.

Também essa é uma terrível responsabilidade do Ocidente: tem necessidade de drogas e, assim, cria países que lhe forneçam aquilo que, então, terminará por consumi-los e destruí-los. Surgiu uma fome de felicidade que não pode saciar-se com aquilo que possui; e que, então, refugia-se, por assim dizer, no paraíso do diabo e destrói completamente o homem.
 
Na vinha do Senhor
Com efeito, eu tinha um papel de liderança, mas nunca fiz nada sozinho e trabalhei sempre em equipe; assim como um dos muitos trabalhadores na vinha do Senhor, que provavelmente fez o trabalho preparatório, mas ao mesmo tempo é aquele que não é feito para ser o primeiro e assumir a responsabilidade por tudo. Entendi que, ao lado dos grandes Papas, devem estar também Pontífices pequenos que dão sua própria contribuição. Assim, naquele momento, eu disse aquilo que senti realmente [...].

O Concílio Vaticano II ensinou-nos, com razão, que a estrutura da Igreja é constituída pela colegialidade; ou seja, o fato de que o Papa é o primeiro na partilha e não um monarca absoluto, que toma decisões sozinho e faz tudo por si só.
 
O judaísmo 
Sem dúvidas. Devo dizer que desde o primeiro dia dos meus estudos teológicos ficou de algum modo clara a profunda unidade entre a Antiga e a Nova Aliança, entre as duas partes da nossa Sagrada Escritura. Compreendi que poderíamos ler o Novo Testamento somente em conjunto com aquilo que o precedeu, caso contrário não o teríamos compreendido. Então, naturalmente, tudo quanto aconteceu no Terceiro Reich atingiu-nos como alemães e tanto mais levou-nos a olhar para o Povo de Israel com humildade, vergonha e amor.

Na minha formação teológica, essas coisas foram interligadas e marcaram o caminho do meu pensamento teológico. Então ficou claro para mim - e também aqui em total continuidade com João Paulo II - que, no meu anúncio da fé cristã, devia ser fundamental essa nova conexão, amorosa e compreensiva, entre Israel e a Igreja, baseada no respeito ao modo de ser de cada um e da sua respectiva missão [...].

No entanto, nesse ponto, também na antiga liturgia pareceu-me necessário uma mudança. Na verdade, a fórmula era tal que feria verdadeiramente os judeus e, certamente, não expressava de forma positiva a grande, profunda unidade entre o Antigo e o Novo Testamento.

Por esse motivo,  pensei que, na liturgia antiga, fosse necessária uma modificação, em particular, como eu disse, em referência ao nosso relacionamento com nossos amigos judeus. Modifiquei-a de modo tal que permanecesse contida a nossa fé, que Cristo é a salvação para todos. Não existem dois caminhos de salvação e, portanto, Cristo é também o Salvador dos judeus, e não apenas dos pagãos. Mas, também de modo tal que não se rezasse diretamente pela conversão dos judeus em um sentido missionário, mas para que o Senhor apresse o tempo da hora histórica em que todos seremos unidos. Por essa razão, os argumentos utilizados por uma série de teólogos polemicamente contra mim foram irresponsáveis e não fazem justiça ao que foi feito.
 
Pio XII 
Pio XII fez todo o possível para salvar pessoas. Naturalmente nós podemos sempre perguntar: "Por que não protestou de maneira mais explícita?". Creio que havia compreendido quais seriam as consequências de um protesto público. Sabemos que, devido a essa situação, pessoalmente sofreu muito. Sabia que, por si mesmo, deveria falar, mas a situação impedia-o.

Agora, pessoas mais razoáveis reconhecem que Pio XII salvou muitas vidas, mas argumentam que ele tinha ideias antiquadas sobre os judeus e que não estava à altura do Concílio Vaticano II. O problema, no entanto, não é esse. O importante é o que ele fez e o que tentou fazer, e creio que é preciso verdadeiramente reconhecer que era apenas um dos grandes justos e, como nenhum outro, salvou tantos e tantos judeus.
 
A sexualidade
Concentrar-se somente no preservativo significa banalizar a sexualidade, e essa banalização é precisamente a perigosa razão pela qual tantas e tantas pessoas não veem na sexualidade mais a expressão do seu amor, mas apenas uma espécie de droga, que administram por si só. Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano em sua totalidade.

Pode haver casos individuais justificados, por exemplo, quando uma prostituta usa um preservativo, e esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, uma primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.
 
A Igreja
Paulo, assim, não entendia a Igreja como instituição, como organização, mas como organismo vivo, no qual todos operam para o outro e um com o outro, sendo unidos a partir de Cristo. É uma imagem, mas uma imagem que conduz em profundidade e que é muito realista também somente pelo fato de que nós cremos que, na Eucaristia, verdadeiramente recebemos Cristo, o Ressuscitado. Se todos recebem o mesmo Cristo, então verdadeiramente nós todos somos reunidos neste novo corpo ressuscitado como o grande espaço de uma nova humanidade. É importante compreender isso, e, portanto, compreender a Igreja não como um aparato que deve fazer de tudo – embora o aparato pertença a ela, embora dentro dos limites –, mas antes como organismo vivente que provém do próprio Cristo.
 
A Humanae vitae
As perspectivas da Humanae vitae permanecem válidas, mas outra coisa é encontrar estradas humanamente percorríveis. Creio que serão sempre das minorias intimamente persuadidas pela justeza daquelas perspectivas e que, vivendo-as, ficam plenamente satisfeitas, de modo a tornar-se para outros fascinantes modelos a se seguir. Somos pecadores. Mas não devemos assumir esse fato como instância contra a verdade, quando aquela moral elevada não é vivida. Devemos procurar fazer todo o bem possível, e apoiarmo-nos e suportarmo-nos mutuamente. Expressar tudo isso também do ponto de vista pastoral, teológico e conceitual no contexto da atual sexologia e da pesquisa antropológica é uma grande tarefa para a qual devemos nos dedicar mais e melhor.
 
As mulheres
A formulação de João Paulo II é muito importante: "A Igreja não tem, de nenhum modo, a faculdade de conferir às mulheres a ordenação sacerdotal". Não se trata de não desejar, mas de não poder. O Senhor deu uma forma à Igreja com os Doze e, então, com a sua sucessão, com os bispos e presbíteros (os sacerdotes). Não fomos nós que criamos esta forma da Igreja, mas é constitutiva a partir d'Ele. Segui-la é um ato de obediência, na situação atual talvez um dos atos de obediência mais pesados. Mas exatamente isso é importante, que a Igreja mostre não ser um regime arbitrário. Não podemos fazer aquilo que desejamos. Há, ao invés, uma vontade do Senhor para nós, à qual aderimos, também se isso é cansativo e difícil na cultura e na civilização de hoje.

Por outro lado, as funções confiadas às mulheres da Igreja são tão grandes e significativas que não se pode falar de discriminação. Seria assim se o sacerdócio fosse uma espécie de domínio, enquanto, ao contrário, deve ser completamente serviço. Se se dá uma olhada à história da Igreja, então se percebe que o significado das mulheres - de Maria a Mônica até Madre Teresa de Calcutá – é tão proeminente que, de muitas maneiras, as mulheres definem o rosto da Igreja mais do que os homens.
 
Os novíssimos
É uma questão muito séria. A nossa pregação, o nosso anúncio efetivamente é amplamente orientado, de modo unilateral, à criação de um mundo melhor, enquanto o mundo realmente melhor quase não é mais mencionado. Aqui devemos fazer um exame de consciência.

Claro, nós tentamos conversar com o público, dizendo-lhes o que está em nosso horizonte. Mas a nossa missão é, ao mesmo tempo, romper esse horizonte, ampliá-lo, e olhar as coisas últimas.

Os novíssimos (as últimas coisas) são como pão duro para os homens de hoje. Eles parecem irreais. Gostariam de colocar em seu lugar respostas concretas para o hoje, soluções para as tribulações cotidianas. Mas são respostas que ficam pela metade se também não permitem apresentar e reconhecer que eu me estendo para além desta vida material, que há um julgamento, e que há graça e eternidade. Nesse sentido, devemos também encontrar novas palavras e formas para permitir que o homem quebre a barreira de som do finito.
 
A vinda de Cristo  
É importante que, em toda a época, esteja junto o Senhor. Que também nós mesmos, aqui e agora, estamos sob o juízo do Senhor e nos deixamos julgar pelo seu tribunal. Discutia-se acerca de uma dúplice vinda de Cristo, uma em Belém e uma no final dos tempos, até quando São Bernardo de Claraval falou de um Adventus medius, de uma vinda intermediária, através da qual Ele periodicamente entra na história.

Creio que tenha compreendido a tonalidade justa. Nós não podemos estabelecer quando o mundo acabará. Cristo mesmo disse que ninguém o sabe, nem mesmo o Filho. Devemos, no entanto, permanecer, por assim dizer, sempre permanecer esperando a sua vinda e, sobretudo, estarmos certos de que, nas dores, Ele está perto. Ao mesmo tempo, devemos saber que, pelas nossas ações, estamos sob o seu juízo.

Fonte: Canção Nova
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