quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Nunca fica desapontado quem se entrega a Deus, afirma Bento XVI

O Papa Bento XVI afirmou na Catequese desta quarta-feira, 1º, que as promessas de Deus são sempre maiores que as expectativas humanas.

"Deus supera sempre todo o amor humano. [...] Se nós entregamos a Deus, ao seu imenso amor, os desejos mais puros e mais profundos do nosso coração, nunca seremos desapontados", disse.

O Pontífice falou sobre Santa Juliana de Norwich, mística inglesa que viveu nas proximidades de Londres, entre os séculos XIV e XV, adotando um estilo de vida eremita. A reflexão dá sequência aos ensinamentos do Santo Padre sobre grandes mulheres da Idade Média.
"Juliana de Norwich compreendeu a mensagem central para a vida espiritual: Deus é amor e somente quando nos abrimos, totalmente e com confiança total, a este amor e deixamos que ele se torne nosso único guia da existência tudo se transforma, encontramos a verdadeira paz e a verdadeira alegria e se é capaz de difundi-lo em torno de si", ensinou o Bispo de Roma.

Bento XVI salientou que um pensamento da santa é utilizado no Catecismo da Igreja Católica para expressar o ponto de vista da fé sobre um tema que não cessa de constituir uma provocação para todos os fiéis:

"Se Deus é sumamente bom e sábio, porque existem o mal e o sofrimento dos inocentes? Também os santos, exatamente os santos, colocaram-se frente a essa questão. Iluminados pela fé, eles nos dão uma resposta que abre o nosso coração à confiança e à esperança: nos misteriosos desígnios da Providência, também do mal Deus é capaz de tirar um bem maior", apontou.

O Pontífice também assinalou sua admiração e gratidão pelos mosteiros de clausura:

"As mulheres e homens que se retiram para viver em companhia de Deus, exatamente graças a essa sua escolha, adquirem um grande senso de compaixão pelas dores e fraquezas dos outros. Amigos e amigas de Deus, dispõem de uma sabedoria que o mundo, do qual se afastam, não possui e, com amabilidade, partilham-na com aqueles que batem à sua porta. Penso, portanto, com admiração e gratidão, nos mosteiros de clausura femininos e masculinos que, hoje mais que nunca, são oásis de paz e esperança, precioso tesouro para toda a Igreja, especialmente por enfatizar a primazia de Deus e a importância de uma oração constante e intensa para o caminho da fé".

Fonte: Canção Nova
Foto: AP/Reuters

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