segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"A fé cresce com o desejo de encontrar o caminho", afirma o Papa

O Papa Bento XVI, em Castel Gandolfo, durante o discurso que antecede a oração mariana do Angelus, tomou o Evangelho deste domingo, 14, que narra o episódio no qual a cananeia apresenta-se diante do Mestre pedindo-lhe a cura de sua filha e comentou que ela literalmente não teve medo de gritar "Jesus tem Piedade de mim". O Santo Padre explicou que o aparente distanciamento de Jesus não foi empecilho para que ela desistisse de buscá-lo.

''Ela não quer tirar nada de ninguém: na sua simplicidade e humildade, basta a ela o pouco, bastam-lhes as migalhas, basta a ela somente um olhar, uma boa palavra do Filho de Deus", afirmou o Pontífice.

A partir deste exemplo, Bento XVI salientou que todos nós somos chamados a nutrir tamanha fé, que, no caso da mulher, deixou Jesus impressionado.

"Caros amigos, também nós somos chamados a crescer na fé, a abrir-nos e a acolher com liberdade o dom de Deus, a ter confiança e gritar também a Jesus: 'doa-nos a fé a ajuda-nos a encontrar o caminho'.

O Santo Padre explicou ainda que esta fé nos leva à verdadeira identidade de Jesus.

"O conhecer da fé cresce com o desejo de encontrar o caminho, e é finalmente um dom de Deus", explicou Bento XVI.

O papa também reforçou que o coração de cada pessoa deve estar aberto à conversão todos os dias, de modo que cada um passe do fechamento em si mesmo para a abertura à ação de Deus.

"Alimentemos todos os dias a nossa fé, com a escuta profunda da Palavra de Deus, com a celebração dos Sacramentos, com a oração pessoal como grito em direção à Ele e com a caridade em direção ao próximo", disse.

O Papa encerrou o discurso que antecede o Angelus, lembrando a Assunção de Maria, cuja festa se celebra amanhã.

Rumo à Madri
Nas saudações proferidas aos peregrinos das mais diversas nacionalidades, o Papa Bento XVI pediu que cada pessoa o acompanhe espiritualmente através da oração, durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em Madri, de 16 a 21 de agosto.

Aos polacos, o Papa falou sobre o 70º aniversario de martírio de São Maximiliano Kolbe, que morreu no campo de exterminio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. "O seu heróico amor é sinal luminoso da vitoria presença de Deus no drama humano do ódio, do sofrimento e da morte", ressaltou o papa.


Fonte: Canção Nova 

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