sábado, 15 de janeiro de 2011

Bento XVI defende políticas públicas para famílias

O Papa Bento XVI pediu, nesta sexta-feira, 14, uma política abrangente para as famílias e garantias para que as mulheres possam conciliar os cuidados com a família e o trabalho. O apelo foi feito durante o encontro com a governadora de Lácio, Renata Polverini, o governador de Roma, Nicola Zingaretti, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno e outras autoridades políticas.

Muitos casais gostariam de acolher o dom de novos filhos, mas são obrigados a esperar, destacou o Pontífice. “O desenvolvimento de políticas adequadas de ajuda, como estruturas destinadas à infância, creches, e também o apoio dos familiares podem ajudar para que um filho não seja visto como um problema, mas como um dom e uma grande alegria”, disse Bento XVI.

Para o Papa, tais políticas voltadas à família não devem se limitar a propor soluções aos problemas atuais, mas também devem ter como objetivo a consolidação e desenvolvimento dentro de um trabalho educativo adequado.

O Santo Padre ressaltou que a família é "o berço original da sociedade", onde os filhos aprendem os valores fundamentais que permitem uma convivência construtiva e pacífica na sociedade.

“É na família que se aprende a solidariedade entre as gerações, o respeito às regras, o perdão e a aceitação dos outros. É na própria casa que os jovens, experimentando o afeto dos pais, descobrem o que é o amor e aprendem a amar”, afirmou.

Bento XVI destacou que a má educação é um dos fatores causadores das crises familiares, amplificadas pelos atos de violência que infelizmente acontecem. 

O Papa enfatizou a importância da transmissão de valores e do amor como um dom de si mesmo. “O amor humano não se reduz a um objeto para ser consumido. Pode ser percebido e vivenciado como uma experiência fundamental que dá sentido e propósito para a existência”, elucidou.

Em relação ao elevado número de abortos praticados na região de Lácio, Bento XVI destacou que os assistentes sociais podem ajudar as mulheres a superar causas de possíveis interrupções de gravidez e mostrou apreciação à lei vigente na região que classifica o feto como um  “quociente familiar”, considerando-o filho concebido e já membro da família.   

E também a vida dos anciãos é “uma riqueza para a sociedade”, disse o Pontífice, pedindo o respeito à vida até o seu fim natural. “Seus conhecimentos, suas experiências e sua sabedoria são patrimônio para os jovens que precisam de mestres de vida”, afirmou Bento XVI ressaltar ainda que os anciãos não sejam abandonados. 

Durante o encontro com as autoridades políticas, o Papa também salientou os reflexos da crise econômica que atingem, em particular, os jovens, que depois de anos de estudos não veem oportunidades de trabalho.

“Muitas vezes se sentem frustrados e são tentados a rejeitar esta mesma sociedade. O prolongamento de tais situações, devido às tensões sociais, são exploradas por organizações criminosas”, enfatizou o Pontífice. 

Fonte: Canção Nova 

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