Maria Santíssima é a "Theotokos"
A Santa Igreja Católica no primeiro dia do ano civil, dedica e consagra à Virgem Maria o ano que se inicia com esta belíssima e mais importante invocação e título,pelo qual nós honramos e nos colocamos debaixo da proteção da Grande Mãe de Deus e à ela entregamos o ano novo que nasce. Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo. A heresia de negar a Maternidade Divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então bispo de Constantinopla. Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como é necessária a Maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal! Esta Verdade de Fé constitui-se no primeiro Dogma da Santíssima Virgem Maria,o primeiro a ser proclamado e o mais antigo,desde os primórdios,Nossa Senhora era invocada como Theotokos (termo grego),aquela que gerou Deus segundo a carne humana,este privilégio singular só foi concedido à Virgem Santíssima. Este Dogma foi definido no I Concílio de Éfeso que foi uma reunião dos bispos e líderes da Igreja que se desenrolou, em cinco sessões, entre 22 de Junho e 31 de Julho de 431 na cidade de Éfeso na Turquia. Foi convocado pelo Papa Celestino I e teve como resultados a condenação da heresia de Nestório e a proclamação de Maria, mãe de Jesus, como Mãe de Deus( Nestório era um bispo que negava a Divina Maternidade). Nessa reunião, os bispos proclamaram o "Dogma da Maternidade Divina de Maria", uma tentativa de pôr fim às heresias da época, como o arianismo e proporcionar o reconhecimento pelos cristãos de que a mãe de Jesus Cristo havia gerado em seu ventre não apenas o Cristo como homem, mas também o Cristo como Deus. Dizer que Maria não é Mãe de Deus é dizer que Jesus não é Deus pois o Dogma da Maternidade Divina é totalmente Cristológico. Portanto este Dogma mais do que todos nos direciona a Jesus Cristo que é verdadeiro Deus feito homem. Infelizmente vemos muitos dos nossos irmãos rezando a oração da Ave Maria de forma incorreta, muitos na segunda parte rezam: “Santa Maria mãe de Jesus...”Sim,Maria é a mãe de Jesus,mas ela é a também Mãe de Deus,pois Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem,concebido pelo Espírito Santo no seio da mesma Imaculada Virgem. Os Santos nos dizem nos seus ricos ensinamentos vejamos : Maria é o novo mundo preparado para receber o novo Adão.
Antes de formar o primeiro homem, Deus tinha-lhe preparado o magnífico palácio da criação. Colocado no Paraíso, o homem se deixou expulsar por causa da sua desobediência, e tornou-se, com todos os seus descendentes, presa da corrupção. Mas, Aquele que é rico em misericórdia, teve piedade da obra de Suas próprias Mãos, e decidiu criar um novo céu, uma nova terra, um novo mar para servir de morada ao Incompreensível, desejoso de reformar o gênero humano. O que é este mundo novo, esta nova criação? A bem-aventurada Virgem Maria é o céu que mostra o sol da justiça, a terra que produz o rio da vida, o mar que traz a pérola espiritual... Como este mundo é magnífico! Como esta geração é admirável, com a sua bela vegetação de virtudes, e suas flores odoríficas da virgindade!... O que há de mais puro, de mais irrepreensível que a Virgem Mãe? Deus, luz soberana e imaculada, nela encontrou tantos encantos que se uniu, substancialmente, a ela, por meio da descida do Espírito Santo. Maria é a terra sobre a qual o espinho do pecado não conseguiu sequer florescer. Ao contrário, ela produziu o rebento, por meio do qual, o pecado foi completamente extirpado. De São Teodoro Studita (+ Constantinopla, 826.) - Os mais belos textos sobre a Virgem Maria
Antes de formar o primeiro homem, Deus tinha-lhe preparado o magnífico palácio da criação. Colocado no Paraíso, o homem se deixou expulsar por causa da sua desobediência, e tornou-se, com todos os seus descendentes, presa da corrupção. Mas, Aquele que é rico em misericórdia, teve piedade da obra de Suas próprias Mãos, e decidiu criar um novo céu, uma nova terra, um novo mar para servir de morada ao Incompreensível, desejoso de reformar o gênero humano. O que é este mundo novo, esta nova criação? A bem-aventurada Virgem Maria é o céu que mostra o sol da justiça, a terra que produz o rio da vida, o mar que traz a pérola espiritual... Como este mundo é magnífico! Como esta geração é admirável, com a sua bela vegetação de virtudes, e suas flores odoríficas da virgindade!... O que há de mais puro, de mais irrepreensível que a Virgem Mãe? Deus, luz soberana e imaculada, nela encontrou tantos encantos que se uniu, substancialmente, a ela, por meio da descida do Espírito Santo. Maria é a terra sobre a qual o espinho do pecado não conseguiu sequer florescer. Ao contrário, ela produziu o rebento, por meio do qual, o pecado foi completamente extirpado. De São Teodoro Studita (+ Constantinopla, 826.) - Os mais belos textos sobre a Virgem Maria
Quero encerrar esta meditação sobre este título da Virgem que é o mais glorioso,o mais importante e é também minha devoção preferida,com as belas palavras de São Cirilo de Alexandria grande defensor do dogma da Theotokos quando o foi proclamado o Dogma: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!" Em memória desta solene definição, o Concílio de Éfeso (431) juntou à saudação Angélica (oração da Ave Maria) estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte."
David Bravo
*Retirado do Jornal Mensageira da Serra, Edição de Janeiro
*Retirado do Jornal Mensageira da Serra, Edição de Janeiro
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